OPINIÃO
Gosta de animais e quer cuidar deles profissionalmente?

Nunca escondi de ninguém que sou mãe de pet. Com muito orgulho, sim senhor. E assim como toda mãe de alguém, eu quero que meus filhos sejam felizes, saudáveis e bem cuidados .
Na minha ausência, em casos de viagem ou um tempo exagerado fora de casa, meu irmão e a Ana recebem vídeos longos com milhares de recomendações, dicas e um passo a passo minucioso da rotina que eu tenho com os gatinhos e que gostaria que eles reproduzissem fielmente durante o período em que fico fora de casa.
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Já acostumado com meus rompantes de mãe neurótica (eu sei!), o Felipe, meu irmão, ignora algumas informações, cumpre à risca outras e exerce com uma dose de louvor misturada a outra de tranquilidade sua missão noturna de cuidar de Caetano e Elis, os felinos.
A Ana, cat sitter profissional, é a Ana Karina Braga, e vai durante o dia. Brinca com eles, dá comida, limpa as caixinhas, faz brinquedos personalizados e ainda manda boletins diários com várias fotos e vídeos recheados de informações que garantem a qualquer mãe neurótica a tranquilidade de um monge budista enquanto está longe de seus filhos “bichológicos”.
Isso tudo sem contar os vídeos fofos que ela posta cuidando dos pets. Ei, você aí que passa o dia procurando desculpas para procrastinar: assista às imagens da Ana com gatinhos que sua vida vai melhorar em uma porcentagem altíssima. Se ela não está sorrindo ao interagir com felininhos na ausência de seus tutores, ela está explicando como fazer um novo brinquedo, dando dicas sobre como cuidar bem de gatinhos. Tudo de bom!
Assim como a Ana, você já imaginou cuidar de um pet diferente todos os dias e ainda ganhar por isso? Além dos serviços de pet sitter (ou cat sitter), os apaixonados por pets também podem trabalhar como dog walker (passeador), e também em serviços de creche e hospedagem. Os trabalhos podem se encaixar em distintas disponibilidades e ainda servirem como renda extra.

O diretor da DogHero (plataforma que disponibiliza serviços para animais de estimação), Murillo Trauer, explica que independente da categoria de serviço escolhida, certas ações são semelhantes e fundamentais. “Tudo deve estar bem acordado, precificação de serviço, períodos de trabalho, horários de chegada e saída do pet, quais serão os itens do animal como brinquedos, rações, sachês e medicamentos, se necessário. Tudo planejado de forma que seja um bom atendimento para ambos os lados”, afirma.
A comunicação entre o tutor e o cuidador também deve ser constante. “Enviar fotos, vídeos, descrever comportamentos e atividades são ações benéficas na relação profissional e demonstram um trabalho bem feito no acolhimento com o pet”, explica o diretor. Ana, corre aqui!
Murillo ainda recomenda que, se possível, o cuidador deve optar por um pré-encontro, dessa forma, tutores e profissionais conseguem conversar, entender as individualidades e a rotina do pet. Saber se o animal já participou de outras hospedagens, creches e como costuma se comportar também pode enriquecer o trabalho.
Para iniciar no trabalho como cuidador, é interessante ter alguma base de clientes, para isso, meios como a DogHero facilitam o acesso às demandas, servindo de ponte e conectando tutores e heróis, como são chamados os cuidadores profissionais da plataforma. Hoje, a plataforma conta com mais de 2 milhões de pets cadastrados esperando pelo serviços.
“Pelo aplicativo da DogHero, o herói possui liberdade para escolher com qual porte de pet irá atuar e quanto irá cobrar pelo serviço, dentro do limite estabelecido pela região. Ainda, o profissional parceiro pode fornecer sua disponibilidade de trabalho, se comunicar com usuários, quanto mais bem avaliado e com mais experiência, maiores as possibilidades de demandas e clientes fiéis”, afirma Murillo.
Sobre a remuneração, o diretor explica que os finais de semana e feriados, especialmente os prolongados, costumam ser os momentos de maior volume de hospedagens, categoria mais utilizada do aplicativo.
“Períodos como o fim de ano e início de férias em janeiro correspondem a 25% do faturamento do ano da DogHero e alguns heróis-parceiros chegam a receber até R$ 6 mil, durante o movimento”, revela o diretor da DogHero.
Para se candidatar a herói, o cuidador não precisa de experiência, mas deve ser maior de idade e provar que seu lar é seguro para receber pets, As janelas devem ser teladas, piscinas cobertas, e em caso de escadas na residência, é preciso se atentar se a estrutura é segura para os bichos. Para ser aprovado, o candidato também precisa passar por um rigoroso processo, com treinamentos disponibilizados pela própria plataforma.
Murillo Trauer deixa algumas dicas para quem deseja se tornar um profissional do ramo. Para isso, é necessário entender as possibilidades de trabalho:
Dog Walker - É a pessoa responsável pelo zelo do pet em momentos de caminhadas e exercícios. Suas habilidades devem estar focadas na segurança e cuidado com o cão durante as atividades, que geralmente, duram de 30 a 60 minutos.
Pet sitter - Nesta categoria, o profissional se designa até a casa do consumidor (ideal no caso dos gatinhos). Ele deve brincar, colocar comida, trocar o tapete higiênico ou caixa de areia. A duração da visita gira em torno de 1h.
Creche - Neste formato, o cuidador deixa o animal em sua própria residência durante a ausência matinal e diurna do tutor, reservando a atenção com o pet ao longo do dia.
Anfitrião - É o serviço mais indicado para cães por longos períodos de ausência do tutor, momento em que o pet precisa ser cuidado por um dia inteiro ou mais. Desta forma, o pet é recebido na casa do anfitrião, mudando de ambiente, mas não de rotina, podendo estar com seus brinquedos, receber ração e medicamentos, se necessário, de maneira adequada.
Ah, e a propósito, a Ana não está em nenhuma plataforma, mas você pode encontrá-la no Instagram ou venha conversar comigo na mesma rede que eu te explico tudo!
*Este é um conteúdo independente e não reflete, necessariamente, a opinião da Orbi